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EXPOSIÇÃO CAMILO NA MÚSICA 
Casa de Camilo - Famalicã
o: 16h

Visita guiada à Casa de Camilo

Inauguração da Exposição - Camilo na Música

Curadoria: Rodrigo Teodoro de Paula

Conferencista convidada: Profa. Doutora Elisa Lessa (ELACH - Universidade do Minho)

Pormenor do frontispício da Revista Brasil-Portugal de 16 de Março de 1907

...Mas eu creio que a música tem podido transfigurar o homem quebrando os alicerces que o atam ao pó, remindo-o da miséria terrena, insuflando-lhe um ether que o divanisa, uma electricidade que o comunica aos puros espíritos.

Camilo Castelo Branco

Inspirada na obra “Camilo na Música” (1926), de Alfredo Pinto Sacavém, esta pequena mostra apresenta uma seleção de objetos – instrumentos musicais, livros, partituras impressas e manuscritos musicais, programas de concerto, críticas, etc.– que remetem às relações de Camilo Castelo Branco com a música, seja incorporando-a em suas memórias, romances, ou em suas reflexões críticas sobre os espetáculos líricos assistidos no Real Teatro de São João, entre 1849 e 1850, e publicadas em diversos periódicos da época. Alguns de seus poemas serviram de inspiração para canções concebidas por compositores como Vianna da Motta, Carlos Dubini, Gustavo Romanoff Salvini e Tomás Borba, entre outros. Alfredo Keil compôs sua ópera Serrana baseada no conto Como ela o amava (1863) de Camilo, espetáculo levado à cena no Real Teatro de São Carlos, em Lisboa, em 1899. O famoso romance Amor de Perdição (1862), recebeu uma versão operística por João Arroios e teve a sua estreia, com grande repercussão, também no Real Teatro de São Carlos, em 1907. A relevância da obra literária de Camilo Castelo Branco inspirou ainda o compositor e pianista Eurico Thomaz de Lima a compor, em 1944, uma fantasia para piano e orquestra, sob o título “Depois de uma leitura de Camilo”. Em 1990, no âmbito do centenário de morte do escritor, para celebrar a efeméride, o compositor Fernando Lapa realizou a estreia, nesta Casa, da obra  Enredos – à memória de Camilo (1990), também para piano e orquestra. Sob a curadoria de Rodrigo Teodoro de Paula, em parceria com a Casa de Camilo, o FIO - Festival Internacional de Órgão de Vila Nova de Famalicão e Santo Tirso integra em sua programação essa mostra expositiva, dando a conhecer de forma especial o legado de Camilo Castelo Branco também à arte musical. O evento conta ainda com uma conferência sobre o tema pela prof.a Doutora Elisa Lessa (ELACH - Universidade do Minho).

Professora Associada do Instituto de Letras e Ciências Humanas e Investigadora do Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho, ELISA LESSA é doutorada em Ciências Musicais pela Universidade Nova com a tese "Os Mosteiros Beneditinos Portugueses (séculos XVII a XIX): Centros de Ensino e Prática Musical”, Mestre em Ciências Musicais, pela Universidade de Coimbra, e Licenciada em Ciências Musicais pela Universidade Nova. De 2004 a 2007, foi Diretora da Revista de Educação Musical e Presidente da Associação Portuguesa de Educação Musical (APEM).Tem artigos científicos publicados em revistas especializadas portuguesas e estrangeiras. No âmbito da Musicologia Histórica e dos Estudos Culturais publicou Património Musical do Bom Jesus do Monte (2018); De Créditos firmados: as bandas de música em Braga nos séculos XIX e XX (2019). Coeditou Património e Devoção (2018); Ouvir e escrever Paisagens Sonoras (2020), Paisagens e património: o som, a música e a arquitetura (2022); ”A música na Irmandade de Nossa Senhora das Dores e Santa Ana dos Congregados. Séculos XVIII a XX. Esplendor e Dignidade” (2022). Integra o projeto The Contribution of Confraternities and Guilds to the Urban Soundscape in the Iberian Peninsula, c.1400 – c.1700, coordenado pela Professora Tess Knighton. É Presidente da Associação Cultural Suonart e desenvolve paralelamente uma intensa atividade artística, tendo sido fundadora e Diretora Artística da Orquestra da Câmara do Minho. Nos anos 90 fundou a Companhia da Música de Braga, Conservatório de ensino artístico especializado tendo sido sua Direção Pedagógica, em regime de voluntariado, cerca de 30 anos. Em 2020 recebeu a Medalha de Grau Prata da Câmara Municipal de Braga.

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